Bartolomeu Jacinto Quissanga, o Bastos, é muito mais do que um zagueiro sério e confiável. Desde que chegou ao Botafogo, o angolano se consolidou como um dos pilares defensivos da equipe, sendo fundamental na campanha vitoriosa da Copa Libertadores de 2024, a glória eterna.
O cara ainda é carismático e querido pelos companheiros. Humilde, discreto, concentrado. Sua liderança dentro de campo fortaleceu a zaga alvinegra, formando uma parceria sólida com Barboza e trazendo segurança ao time. Foi uma das melhores apostas do Alvinegro nos últimos anos, sem dúvidas.
No entanto, sua importância vai além das quatro linhas: Bastos é um exemplo de resiliência e compromisso social, tanto no futebol quanto nas ações que realiza em sua terra natal.
O retorno do zagueiro à seleção de Angola, após três anos de ausência, foi um momento marcante.

Com atuações seguras e uma postura de liderança, Bastos ajudou sua equipe nacional a conquistar vitórias e reacendeu o entusiasmo dos torcedores. Além de seu papel em campo, ele se destaca por suas ações sociais. O defensor participa de projetos comunitários em Angola, contribuindo para iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens. Seu envolvimento com ONGs mostra um atleta comprometido com o futuro de sua comunidade, utilizando sua influência para impactar vidas além do futebol. Ou seja, ele é também um verdadeiro embaixador de seu país.
O impacto disso foi sentido até no Botafogo, que ganhou mais visibilidade no continente africano. Além de representar seu país com orgulho, ele amplia o nome do clube carioca no cenário internacional.

Porém, o camisa 3 enfrenta um novo desafio: voltar à melhor forma física. Após uma lesão muscular no fim de 2024, Bastos retornou aos gramados no início de 2025 contra o Nova Iguaçu, mas precisou ser substituído logo no início da partida devido a um trauma no joelho esquerdo. Felizmente, exames não indicaram lesão grave, mas segue sem previsão de retorno. O Fogo trouxe David Ricardo, do Ceará, e a proemssa Jair, do Santos, porém o entrosamento e a experiência de Bastos e Barboza juntos fizeram falta até agora.
Que saudade de Bastos!
Sentimos muita falta de Bastos. Aquela saudade doída e doida. Até agora o Botafogo já sofreu 19 gols na temporada. O time apresenta um alto índice de finalizações cedidas ao adversário. A equipe precisa de 9,2 finalizações para sofrer um gol, o que indica que tem dificuldades em segurar o ímpeto dos rivais e em evitar lances de perigo. Além disso, o Glorioso é o time da Série A com mais derrotas no ano (9 derrotas), seguido por Mirassol (6) e Red Bull Bragantino (5).
Complicado. Alexsander Barboza não tem sido o mesmo de 2024. Alguns apontam para a falta de comando técnico – e faz sentido – porém, a saudade da calma de Bastos, do sorriso negro, da força africana, afeta o companheiro e toda a linha defensia que antes dava segurança para a equipe.

Com todos esses fatores somados, o departamento médico botafoguense trabalha intensamente para que Bastos possa voltar no início do Campeonato Brasileiro. O atual período de intertemporada é a oportunidade perfeita para sua recuperação completa e um retorno triunfal. Afinal, mais do que um excelente zagueiro, ele é exemplo de dedicação, superação e compromisso social, um dos grandes nomes do futebol africano no cenário internacional e novo ídolo da Estrela Solitária.
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