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Botafogo vira o jogo: meia que recusou o clube por causa de técnico vê projeto do Santos ruir

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Foto: Raul Baretta/ Santos FC.

Quando Benjamín Rollheiser decidiu assinar com o Santos e recusar uma proposta do Botafogo em fevereiro, deixou claro o motivo principal: o clube paulista tinha técnico, enquanto o Glorioso ainda buscava um nome para comandar o elenco em 2025. Pouco tempo depois, a realidade virou o jogo. Pedro Caixinha, o treinador que encantou Benjamín com ligações e promessas, foi demitido nesta segunda-feira (14), após apenas três rodadas do Campeonato Brasileiro.

Estão confiantes no trabalho de Renato ´Paiva para 2025 no Botafogo?

A decisão do meia argentino, que chegou a afirmar que o “fator técnico” pesou na escolha, agora se mostra no mínimo irônica. Do outro lado, o time carioca, que na época vivia a indefinição após a saída de Artur Jorge, apostou em Renato Paiva, que já tem cinco jogos sob o comando alvinegro.

Rollheiser, ex-Benfica, citou diretamente a ausência de um técnico no Botafogo como algo “contraproducente” para um jogador que quer estabilidade e um projeto definido.

“Foi importante a ligação do Pedro [Caixinha]. Saber que um técnico quer contar conosco é importante. O Botafogo não tinha técnico. Isso também é contraproducente para o jogador, chegar a uma instituição que não sabe com qual técnico irá trabalhar. A chamada dele foi importante para mim e para todos que trabalham comigo. Foi um fator importante para eu chegar aqui. Foi uma negociação complicada até o último dia. Tomamos uma decisão conjunta com empresário e família. As ligações do Pedro Martins e do Pedro Caixinha foram importantes para tomar a decisão correta”, disse na época. Mas o projeto caiu. E rápido.

Na equipe santista, o argentino participou das primeiras partidas, mas viu o desempenho despencar em meio à pressão por resultados. Já no Glorioso, mesmo com oscilações e críticas ao estilo de Paiva, há um treinador definido, respaldo da diretoria e um calendário cheio com Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil e, ainda por cima, o Super Mundial.

Afinal, será que Rollheiser repensaria sua decisão hoje? A resposta, por enquanto, fica no ar. Mas a frase “o Santos tem técnico” envelheceu mal.