Após o empate por 2 a 2 com o São Paulo, começa a se intensificar o questionamento sobre o trabalho de Renato Paiva no Botafogo. Um mês após sua chegada, o time segue sem convencer coletivamente, mesmo com tempo exclusivo para treinamentos no início da temporada.

A única atuação realmente consistente foi contra o Palmeiras — e ainda assim, sem vitória. De lá pra cá, o que se vê é um Botafogo dependente de lampejos individuais, como o de Savarino no gol marcado nesta quarta, ou de Igor Jesus lutando isolado entre os zagueiros. O problema é que esses momentos estão cada vez mais raros.
O time mostra jogadores desconcentrados, desentrosados e cometendo erros básicos, que não se justificam por “falta de ritmo”. Em um dos gols tomados, Barboza estava marcando o goleiro John, e não o atacante do São Paulo, que fez o gol totalmente sozinho

O que deve ser cobrado agora no Botafogo é organização e ideias claras de jogo, o que Paiva ainda não entregou.
Taticamente, o Botafogo segue raso. Em um jogo, vive de cruzamentos inofensivos, em outro, apela para os chutões. O meio-campo segue sem conexão com o ataque, e a equipe parece incapaz de propor jogo mesmo com mais posse de bola.

E os números agora falam alto: o Botafogo tem um aproveitamento de apenas 35% nos primeiros 20 jogos da temporada, o pior início do clube no século XXI. O segundo pior foi em 2014, com 46,7%, ano do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
É cedo para decretar fracasso, mas já não é tão cedo para questionar. Paiva recebeu elenco qualificado, estrutura e respaldo. O que falta, até aqui, é um time que reflita isso dentro de campo.
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