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Reforço polêmico? Setorista do Athletico analisa Mastriani no Botafogo: “Temperamental, não de envolvimento coletivo”

GONZALO MASTRIANI
Site Oficial Athletico-PR

O atacante Gonzalo Mastriani chega ao Botafogo cercado por expectativa e também por dúvidas. Após se destacar como artilheiro do América-MG em 2023 e liderar a equipe na Copa Sul-Americana, o uruguaio teve uma passagem mais turbulenta pelo Athletico-PR, onde começou a temporada como esperança de gols, mas acabou saindo por problemas de relacionamento e estilo de jogo incompatível com o atual técnico da equipe, Maurício Barbieri.

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Segundo o setorista Leandro Bernardi, do site Furacao.com, Mastriani era o atacante preferido da torcida do Furacão, como mostrou uma enquete feita antes do início da Série B.

“A torcida sente muito a saída dele. Havia muita expectativa em 2024, principalmente porque manter o artilheiro do time de um ano para o outro é sempre positivo”, afirmou o jornalista. No entanto, uma artroscopia no joelho realizada em novembro prejudicou seu início de temporada. “Todos entendiam que ele precisava de tempo para voltar a pegar ritmo”, completou.

Mesmo com a queda de rendimento em 2024, Mastriani ainda terminou como artilheiro do Athletico, com 22 gols e cinco assistências em 49 jogos.

Os números chamam atenção, mas fora de campo o cenário era mais delicado. “É um jogador temperamental. Teve problemas com o Barbieri por não voltar para marcar. Já havia tido conflitos com outros técnicos nesse mesmo sentido”, revelou Bernardi.

Apesar do estilo mais fixo e da pouca participação na construção, Mastriani é reconhecido por sua capacidade de decidir jogos.

“Ele é aquele típico camisa 9. Em dois lances, com dois toques na bola, pode fazer dois gols. Mas é um jogador de definição, não de envolvimento coletivo”, explicou o setorista.

Ele também ressaltou que o estilo do uruguaio não se encaixava com o modelo de jogo do Athletico — e, segundo sua visão, também com o que foi o Botafogo de 2024: um time intenso, que pressiona e joga com movimentação constante.

“Não casa com o estilo de jogo do Botafogo, pelo menos não do Botafogo de 2024, totalmente fora dessa característica”, diz Leandro.

Agora, sob o comando de Renato Paiva, Gonzalo tem a missão de mostrar que pode se adaptar e contribuir para um Botafogo ainda mais ambicioso em 2025. Com Super Mundial, Libertadores e Brasileirão no calendário, o uruguaio chega para ser uma alternativa ofensiva importante e tentar retomar a fama de matador — desde que consiga canalizar sua intensidade dentro de campo e alinhar com o coletivo.