John Textor, dono do Botafogo, trouxe à tona um dos temas mais ousados e polêmicos do futebol sul-americano e também falou sobre Leila Pereira. O tema é a possibilidade de clubes brasileiros migrarem para competições da Concacaf. A discussão foi iniciada após um comentário da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que incentivou os clubes a considerarem essa alternativa visando maior visibilidade global e crescimento comercial.
Inicialmente, a ideia parecia absurda, especialmente para o Botafogo, atual campeão da Libertadores, um torneio que sempre foi visto como o auge do futebol sul-americano. No entanto, ao aprofundar o debate, Textor percebeu que essa visão pode representar uma revolução no futebol do continente.
A visão de John Textor sobre a Concacaf
O dono do Botafogo explicou sua mudança de perspectiva sobre o assunto:
“Fiquei tocado esta semana pelos comentários de Leila Pereira, que descaradamente nos encorajou a considerar a adesão à CONCACAF, como uma ideia para elevar a visibilidade global e o poder comercial do futebol brasileiro. No início, pensei que ela estava apenas sendo provocativa, ao mesmo tempo em que exigia atenção para algumas questões imediatas e importantes.”

Textor destacou que, mesmo com o futebol sul-americano sendo uma potência, ele não é respeitado como deveria na Europa. Para ele, isso ocorre porque os clubes do continente não são geridos estrategicamente para competir com os europeus, seja em termos comerciais ou organizacionais.
“Apesar do incrível apoio dos fãs e do poder comercial que temos, nas Américas, não somos respeitados na Europa. Não estamos administrando nossos clubes, nossas federações, nossas ligas e nossas propriedades de mídia para competir adequadamente com a Europa – então não estamos ganhando o respeito da Europa no futebol.”
O que isso significa para o Botafogo?
O Botafogo, sob a gestão de Textor, tem uma abordagem de expansão e internacionalização. Em 2024, o clube quebrou paradigmas ao conquistar a Libertadores e brigar em várias frentes competitivas. Agora, com um calendário que inclui a disputa do Super Mundial de Clubes nos EUA, o clube pode estar no centro de uma mudança estrutural no futebol do continente.

Para Textor, o Brasil está entrando em um momento crucial para seu crescimento no futebol global e precisa de líderes visionários que abracem novas ideias.
“O Brasil enfrentará muitas dessas oportunidades para inovar e crescer. A poderosa participação do Brasil na Copa do Mundo de Clubes da FIFA sediada nos EUA é apenas o começo dessas oportunidades, e precisamos de grandes líderes para realmente abraçar novas ideias para evoluir e crescer.”

A possibilidade de uma mudança para a Concacaf ainda está longe de se concretizar, mas o simples fato de um dirigente como Textor estar aberto ao debate mostra que o futebol brasileiro pode passar por transformações radicais nos próximos anos.
Agora, a grande questão para os torcedores do Botafogo e do futebol sul-americano é: seria esse o caminho certo?
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