O Botafogo estreou no Campeonato Carioca 2025 com uma derrota por 2 a 1 para o Maricá, no Nilton Santos. A partida, que contou com um elenco formado majoritariamente por jogadores da base e do time de aspirantes, escancarou problemas de planejamento e gestão que o clube tem enfrentado.
O Glorioso iniciou a competição estadual com uma equipe longe de sua força máxima, uma escolha que se mostra cada vez mais equivocada. Enquanto a diretoria promete a entrada dos principais jogadores apenas na sexta rodada, a falta de reforços consistentes e o uso de um time alternativo geraram críticas não apenas da torcida, mas também de analistas esportivos.
Apesar da justificativa de que o Campeonato Carioca serve para dar rodagem aos jovens, a derrota para um time modesto como o Maricá, mesmo jogando com um a mais durante boa parte do jogo, evidencia a fragilidade dessa abordagem.
Carlos Leiria: discurso positivo, mas resultados insuficientes
O técnico Carlos Leiria, que comanda o time alternativo, avaliou a atuação como positiva, destacando a organização tática e a atitude dos jogadores. No entanto, o discurso não convenceu. A incapacidade de transformar posse de bola e volume ofensivo em resultados concretos preocupa e levanta dúvidas sobre a preparação e o entrosamento da equipe.

Leiria mencionou ajustes táticos e elogiou o capitão Patrick de Paula, mas isso pouco alivia a pressão sobre a comissão técnica. Além disso, a ausência de jogadores como Jeffinho, ainda em recondicionamento físico, e a dependência de promessas como Matheus Nascimento e Carlos Alberto reforçam a sensação de improviso.
Planejamento comprometido e reflexos no campo
A derrota reflete não apenas problemas pontuais no jogo, mas um planejamento comprometido desde a pré-temporada. A saída de peças importantes, a demora na reposição do elenco e as polêmicas envolvendo atrasos em pagamentos criam um ambiente instável. A torcida, que viveu um 2024 histórico com títulos da Libertadores e do Brasileiro, esperava um início de 2025 mais organizado.
Com a temporada se aproximando de desafios como a Copa do Mundo de Clubes, a falta de reforços e a demora na definição de um novo treinador principal colocam em risco o desempenho do time nas competições mais importantes.
Próximos passos: o que esperar?
O Botafogo volta a campo na terça-feira (14), contra a Portuguesa, ainda com o time alternativo. A pressão por resultados e por uma reestruturação eficiente aumenta a cada partida. A diretoria precisa agir rapidamente para resolver pendências financeiras, reforçar o elenco e alinhar o planejamento com as expectativas da torcida.

O clube vive um momento delicado, onde o brilho de 2024 parece cada vez mais distante diante das dificuldades de gestão. Sem mudanças rápidas e efetivas, o Botafogo pode comprometer não apenas a temporada, mas a confiança construída nos últimos anos.
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