John Textor quer o Everton FC: o impacto na Eagle Holdings e no Botafogo

John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, firmou um contrato de exclusividade para negociar a compra do Everton FC, um dos clubes mais tradicionais da Inglaterra, que está à venda há mais de um ano e enfrenta sérias dificuldades financeiras. Esta negociação pode ter um impacto significativo na trajetória da Eagle Football Holdings, a rede multi-clube que Textor gerencia, e também na vida dos torcedores botafoguenses. O clube londrino, afundado em dívidas de aproximadamente 600 milhões de libras e com um estádio inacabado, tem atraído o interesse de diversos compradores, mas nenhum deles conseguiu concretizar a aquisição até o momento.

Textor está motivado por uma possível conexão simbólica entre o Everton e o Botafogo, um paralelo histórico que remete ao saudoso professor botafoguense Gilmar Mascarenhas. No entanto, a aquisição do time inglês envolve desafios complexos. A Eagle Holdings precisará vender sua participação de 45% no Crystal Palace, conforme as regras da Premier League que proíbem a posse de mais de um clube local por um único grupo. Além disso, a situação financeira instável do Everton, agravada por empréstimos para finalizar seu estádio, torna a negociação ainda mais complicada.

A disputa pelo Everton

A tentativa de compra dos ” Toffees”, como é conhecido o time inglês, não é única. Outras redes multi-clubes norte-americanas, como a 777 Partners e The Friedkin Group, também buscaram adquirir o clube inglês sem sucesso. A 777 Partners, em particular, enfrentou problemas legais e financeiros graves, enquanto o The Friedkin Group também decidiu não prosseguir com a compra, apesar de seus robustos ativos. Estes eventos indicam a dificuldade em resolver a crise do Everton, um clube que continua a desafiar potenciais investidores.

Finalmente, a aquisição do Everton pelo grupo de Textor, já pressionado por compromissos financeiros, seria uma jogada de grande escala para a Eagle Holdings. Com uma rede que já inclui clubes na França e na Bélgica, e um histórico de aquisição via altos empréstimos, a entrada do Everton poderia exigir uma manobra financeira semelhante. A transação permanece incerta, e a atual onda de redes multi-clubes e especulação sobre a compra de clubes revela um mercado futebolístico volátil e complexo.