Textor ganha prazo para dívida, mas o caos financeiro e a crise de elenco na SAF disparam alerta máximo no Botafogo antes do clássico decisivo contra o Flamengo.
Textor se Fortalece no Tabuleiro Global, Mas Dívidas e o Associativo Pressionam
A semana nos bastidores de General Severiano foi marcada por um complexo xadrez de poder. O empresário John Textor saiu fortalecido de uma disputa interna na Eagle, após a credora Ares estender em 12 meses o prazo para o americano quitar um vultoso empréstimo de US$ 450 milhões.

A confiança do fundo de investimento se traduziu em maior autonomia para Textor gerir seus ativos. No entanto, o alívio não é total: o empresário veio a público admitir a complexa teia de dívidas mútuas entre Botafogo e Lyon, revelando que, embora o Lyon deva mais ao Glorioso, o clube brasileiro também tem um débito de US$ 92 milhões com os franceses.
Enquanto Textor maneja o cenário global, a esfera associativa, liderada pelo presidente João Paulo, joga duro: o grupo negocia independentemente com a IG, que visa assumir o controle do clube, impondo um preço para tal transação e aumentando a pressão sobre a gestão da SAF para honrar compromissos financeiros futuros.
Campo de Batalha e o Vexame da Rotação de Elenco
No aspecto esportivo, o momento é de tensão máxima. O Botafogo, que acumula resultados inconstantes e desfalques, entra em uma “encruzilhada emocional” ao enfrentar o Flamengo. O rival, graças a um forte trabalho de bastidores para segurar seus convocados e à liberação de Bruno Henrique no tapetão, estará praticamente completo, em um contraste brutal com a situação alvinegra.
O técnico David Ancelotti, que enfrenta forte contestação pela eliminação precoce em copas, precisa tirar um “coelho da cartola” para garantir um respiro. A instabilidade em campo é reflexo de problemas na gestão de ativos: críticos apontam a exagerada rotação de elenco como o principal erro da SAF. A venda de peças importantes como Jair, em apenas quatro meses, e a não retenção de Luís Henrique para o Mundial, em um movimento que prioriza o financeiro sobre o esportivo, minaram a base e a competitividade do time, resultando em um plantel com carências evidentes.
Baixas no Elenco e o Desabafo que Abalou a Estrutura
A crise ganhou contornos dramáticos com a grave lesão de Montouro, que fraturou a clavícula e passará por cirurgia na Argentina, sendo baixa incerta para o restante da temporada. A notícia soma-se à saída extremamente polêmica de Arthur. O atacante, que perdeu espaço com Ancelotti, rescindiu seu contrato e, em um desabafo que reverberou nas redes, disparou: “Jogar no Botafogo foi a pior escolha da minha carreira”.

A declaração, apesar de criticada, escancara problemas internos de relacionamento e gestão do vestiário. Em meio a tudo isso, surge um raro ponto de otimismo: o lateral Vitinho, convocado para a Seleção Brasileira, mostrou desempenho defensivo de altíssimo nível, provando ser um ativo valioso. Enquanto conselheiros cobram o CEO Tar Aruda por esclarecimentos sobre o futuro financeiro, a permanência de Textor no Botafogo, assim como a paz no clube, segue sendo um tema em aberto, com definição esperada, na melhor das hipóteses, para o final do ano.
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