“Fogão foi prejudicado”: Setorista do Palmeiras admite que CBF favoreceu Verdão e atrapalhou Botafogo

A decisão da CBF de alterar a data da estreia entre Palmeiras e Botafogo pelo Campeonato Brasileiro de 2025 segue gerando debates. O confronto, inicialmente marcado para sábado (29), foi adiado para domingo (30), às 16h, no Allianz Parque — uma mudança solicitada por Palmeiras e a Federação Paulista de Futebol para ampliar o intervalo após a final do Paulistão, marcada para a quinta-feira (27).

Para o setorista Michel Camargo, que cobre o Palmeiras, a decisão beneficiou nitidamente o Verdão e prejudicou o clube carioca, que terá pouco tempo de recuperação até enfrentar a Universidad de Chile, no Chile, logo depois no dia 2 de abril, pela estreia na fase de grupos da Libertadores.

“Tendo uma visão imparcial sobre essa situação, a CBF teria que adiar esse jogo para uma outra data, de repente, até em uma semana de data FIFA, visto que o calendário do futebol dessa temporada está corrido, ainda mais se tratando de Palmeiras x Botafogo, duas equipes que disputarão o Mundial de Clubes. Então, resumindo, o Palmeiras de fato se sobressaiu nessa decisão da CBF e concordo que atrapalhou o Fogão em seu planejamento”, analisou o jornalista.

Liberação reforça debate sobre critérios

A mudança atrasa o retorno oficial do Alvinegro e encurta o descanso para a estreia continental, fora do país, marcada para o dia 2 de abril, em Santiago, no Chile. Com uma maratona de nove jogos em 28 dias entre Brasileirão, Libertadores e amistosos, o Glorioso já vive um desafio logístico e físico para rodar o elenco e evitar desgastes logo no início da temporada.

Com o pedido atendido para Palmeiras, a CBF reforça questionamentos sobre isonomia. O time carioca não teve a mesma atenção, ainda que a proximidade com a estreia na Libertadores represente risco de rendimento e maior pressão.

Enquanto o Verdão entra em campo com mais tempo de descanso, o Alvinegro tem apenas 48 horas entre o duelo no Allianz Parque e o embarque para o Chile, o que pode influenciar diretamente na estratégia e no desempenho do time comandado por Renato Paiva. É justo?