Críticas expõem Botafogo de Textor: “Dinheiro foi usado para tapar buraco no Lyon”

O comentarista Rodrigo Mattos, do portal UOL, fez duras críticas à torcida do Botafogo e à gestão da Eagle Football, de John Textor. Durante participação no canal do UOL no YouTube, o jornalista afirmou que parte dos torcedores vive em uma “realidade paralela” e que os problemas financeiros do clube são reflexo de uma gestão focada em tapar buracos em outras operações, como no Lyon.

Rodrigo Mattos destacou que o Fogão atrasou o pagamento de premiações da temporada 2024, como acordado previamente, e sugeriu que o dinheiro recebido foi redirecionado para sanar problemas financeiros em outros clubes do grupo de Textor, especialmente o Lyon.

“A realidade se impõe. O torcedor botafoguense, que continua em Nárnia, acha que o clube é bilionário. Se está atrasado, esse dinheiro foi usado em outra coisa, como tapar um buraco no Lyon. Não é fluxo de caixa, foi usado para outra finalidade”, declarou o comentarista.

Segundo Mattos, a Eagle Football enfrenta desconfiança em mercados como a França, devido a transações entre os clubes do grupo.

Ele citou casos como a transferência de Thiago Almada para o Lyon, adquirida por valores altos pelo Botafogo e emprestado sem custos para o clube francês, o que gerou críticas ao modelo financeiro.

“Na França, há grande desconfiança sobre esse tipo de operação. Qual é a lógica de contratar um jogador por 20 milhões de dólares e depois emprestá-lo de graça? Isso levanta questões sobre o fair play financeiro”, argumentou Mattos.

Dificuldades de Textor e impactos no Botafogo

Mattos também comentou as movimentações financeiras de John, que estaria buscando alternativas para reestruturar a Eagle Football, como a venda do Crystal Palace ou a entrada de um investimento de 200 milhões de euros. No entanto, o jornalista alertou que esses recursos seriam usados para reestruturar o grupo e não para reforçar diretamente o Glorioso.

“Esse dinheiro não vai transformar o Botafogo em um clube bilionário. Até que o futebol do Botafogo seja sustentável, como Palmeiras e Flamengo, vai continuar batendo no muro da realidade. Uma coisa no futebol é o seguinte, a conta é que nem a morte, ela sempre chega“, concluiu.