“Deixou de ser um time”: Comentarista critica planejamento e fase do Botafogo

O discurso de John Textor, de que a temporada do Botafogo começa apenas no Campeonato Brasileiro, não convence a imprensa e parte da torcida. Após a eliminação precoce no Campeonato Carioca, após a derrote de 1 a 0 para o Vasco, o comentarista Rodrigo Coutinho, do SporTV, fez duras críticas ao planejamento do clube e afirmou que o time está sem identidade dentro de campo.

“O torcedor do Botafogo tem carinho e gratidão pelo John Textor pelo investimento que ele fez, e é compreensível. O clube estava na Série B, sem perspectiva de disputar títulos, e ele trouxe essa possibilidade. No ano passado, o Botafogo atropelou todo mundo, foi campeão brasileiro e da Libertadores com todos os méritos. Mas agora não dá para passar pano e fechar o olho para o que está acontecendo”, afirmou Coutinho no programa Redação SporTV.

O comentarista destacou que, ao contrário do que aconteceu em 2024, o clube não se planejou com antecedência para esta temporada.

“A saída do Artur Jorge foi definida em 11 de dezembro, na viagem de volta do Catar. Hoje é 24 de fevereiro. São mais de dois meses sem um técnico definitivo, com um elenco incompleto e sem padrão tático. Não dá para tratar isso como algo normal. Boa parte da torcida já percebeu isso, mas dirigentes que gostam de falar na hora boa também precisam aparecer agora para dar explicações”, cobrou.

Sobre o desempenho do time, Coutinho apontou que a derrota para o Vasco por 1 a 0, no último domingo, reflete a desorganização do Botafogo em todas as fases do jogo.

“O time começou tentando controlar, mas depois foi dominado. Contra o Racing, foi um time sem confiança, sem saber como atacar. Hoje, o Botafogo deixou de ser um time. Defensivamente, não pressiona a bola, não tem compactação. No ataque, os jogadores não se aproximam, as jogadas são aleatórias, e as transições são desorganizadas. Até a bola parada virou um problema. São falhas em todos os setores”, concluiu.

Com a Recopa Sul-Americana pela frente e a Libertadores se aproximando, o Botafogo precisa reagir rápido para evitar uma temporada de fracassos. Sem treinador e com um time sem identidade, a pressão sobre Textor e a diretoria só aumenta.