A recente transferência de um dos destaques do Botafogo para o futebol russo pode ter repercussões além do esperado. De acordo com o jornal francês L’Équipe, a venda milionária do jogador para o Zenit pode acabar beneficiando o Lyon, que pertence ao mesmo grupo empresarial. A movimentação financeira entre os clubes da Eagle Football levanta discussões sobre a gestão do investidor John Textor no futebol.
O negócio foi fechado por € 33 milhões (R$ 206 milhões), com um adicional de € 2 milhões (R$ 12,5 milhões) em bônus. Luiz Henrique já viajou para se juntar ao elenco do Zenit no Catar, onde o clube russo realiza sua pré-temporada.
Até aí tudo bem. No entanto, segundo a publicação francesa, o valor da negociação pode ser utilizado pelo Lyon para melhorar seu fluxo de caixa e aliviar sanções financeiras impostas pela DNCG, entidade reguladora da Ligue 1.

Essa movimentação permitiria ao clube francês evitar problemas com a federação e manter sua estabilidade financeira. Além disso, a verba também ajudaria na permanência do atacante ganês Ernest Nuamah, que vinha sendo alvo de sondagens de clubes da Premier League.
Modelo de gestão da Eagle Football
A notícia não chega a ser uma surpresa, já que a Eagle Football, conglomerado que controla Botafogo, Lyon, Crystal Palace e RWD Molenbeek, opera em um modelo de gestão integrada de recursos. Esse formato permite que os clubes do grupo se ajudem mutuamente em negociações e investimentos, embora esse sistema gere questionamentos sobre a independência financeira de cada equipe.

A venda de Luiz Henrique reforça o impacto desse modelo e pode indicar um futuro em que negociações dentro da Eagle Football sejam cada vez mais interligadas. Para o Botafogo, além da quantia recebida, resta entender como essas movimentações financeiras poderão impactar suas futuras contratações.
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