Alta rotatividade no banco da Era SAF
Desde a transformação do Botafogo em clube-empresa, em março de 2022, a chamada SAF não conseguiu evitar um padrão recorrente do futebol brasileiro: a frequente troca de comando no banco. Com a demissão de Renato Paiva, anunciada em 30 de junho de 2025, o Alvinegro registra uma média de um técnico a cada 181 dias, ou seja, praticamente seis meses de duração por treinador . No total, já passaram seis profissionais — contando interinos –, com exceção de Luís Castro e Artur Jorge, que conseguiram se manter por mais tempo.

Os números que refletem instabilidade no Botafogo
Entre os seis comandantes, apenas dois ultrapassaram os 200 dias à frente do time. Luís Castro foi o líder em longevidade, com 462 dias, seguido por Artur Jorge, que se manteve por 273 dias antes de optar por deixar o clube rumo ao Oriente Médio . Já a maioria teve trajetórias curtas: Bruno Lage (88 dias), Lúcio Flávio (42 dias), Tiago Nunes (98 dias) e Renato Paiva (123 dias), o terceiro com maior permanência, mas ainda abaixo do conforto ideal de um projeto de médio prazo .
SAF busca frear a instabilidade
A estratégia da diretoria, sob o comando do empresário John Textor, é garantir mais estabilidade e uma gestão de futebol alinhada ao plano da SAF. Após a saída de Paiva, o objetivo é anunciar um novo treinador antes da reapresentação do elenco, marcada para 7 de julho, retomando os treinos com comando definido . A troca constante tem sido motivo de desgaste entre diretoria e torcida, que espera agora por um ciclo técnico mais duradouro — essencial para consolidar identidade de jogo, dar sequência ao trabalho de base e, acima de tudo, buscar elevação dos resultados no Campeonato Brasileiro e nas copas que ainda disputarão.
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