Os números não mentem. Enquanto Renato Gaúcho começa com o pé direito no comando do Fluminense, acumulando vitórias, gols e consistência defensiva, Renato Paiva ainda tenta encontrar o equilíbrio no Botafogo. Os primeiros jogos de ambos os treinadores nos seus respectivos clubes escancaram o contraste de desempenho – e os desafios que cada um tem pela frente.

No Fluminense, Renato Gaúcho emplacou três vitórias em três jogos, com 100% de aproveitamento. Seu time já marcou oito gols, sofreu apenas um e criou oito grandes chances, sem ceder nenhuma clara ao adversário. A eficiência ofensiva salta aos olhos: são apenas 6,2 finalizações para marcar um gol. A defesa também se mostra sólida – o Fluminense precisa levar 24 finalizações para sofrer um único gol.
Já o início de Renato Paiva no Botafogo, em cinco partidas, é marcado por oscilação.

Foram duas vitórias, um empate e duas derrotas, com 46,7% de aproveitamento. O Alvinegro balançou as redes apenas quatro vezes, mas só criou seis grandes chances e cedeu sete aos adversários. A estatística de aproveitamento nas finalizações é um alerta: são necessárias 16,5 tentativas para fazer um gol. Apesar disso, a equipe sofreu apenas dois gols – defensivamente, o Botafogo também vem mostrando solidez, com 25,5 finalizações adversárias para cada gol sofrido.
Ambos os treinadores têm mais posse do que o rival na média – 58,8% para Paiva e 56,3% para Renato – o que mostra uma proposta propositiva de ambos. No entanto, enquanto o Fluminense de Renato mostra um aproveitamento clínico, um padrão de jogo já reconhecível e eficiência no ataque, o Botafogo ainda busca fluidez nas jogadas ofensivas e melhor desempenho coletivo.

A comparação reforça que Renato Gaúcho conseguiu aplicar seu estilo de jogo de forma imediata e com impacto direto nos placares. Já Paiva lida com desafios maiores: reformulação de elenco, adaptação de novos nomes e uma exigente torcida que cobra desempenho e resultado, especialmente após a temporada histórica de 2024.
O tempo de trabalho, o contexto de cada equipe, as diferenças entre Libertadores e Sulamericana, devem ser levados em consideração. Mas o constraste de arrancada entre os dois treinadores, até aqui, é significativa — e ajuda a explicar o otimismo no lado tricolor e a pressão crescente em General Severiano.
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