Botafogo vive momento tenso em seu lado financeiro.
Receita histórica impulsionada por títulos e patrocínios
O Botafogo encerrou 2024 com faturamento recorde de R$ 720 milhões, resultado impulsionado pelas conquistas da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro, além da vaga para a Copa do Mundo de Clubes da FIFA. O crescimento também veio de patrocínios, que subiram de R$ 16,5 milhões para R$ 56 milhões, e do programa de sócio-torcedor, que ultrapassou 81 mil adesões e injetou R$ 48,6 milhões nos cofres. John Textor, dono de 90% da SAF, comemorou o desempenho, destacando ainda a indicação do clube ao prêmio Bola de Ouro da revista France Football.

Gastos com elenco geram rombo milionário
Apesar do salto nas receitas, os custos dispararam. Em 2024, o Botafogo investiu R$ 691 milhões na montagem do elenco quase todo o valor arrecadado no ano resultando em um prejuízo líquido de R$ 299,9 milhões. A chegada de nomes como Luiz Henrique, Thiago Almada e Savarino elevou o patamar técnico, mas também aumentou o risco financeiro. Segundo a SAF, o elenco atingiu valorização próxima a 100%, com potencial de venda estimado em R$ 950 milhões, argumento usado para justificar o modelo agressivo de contratações.
Crise societária ameaça estabilidade do projeto
O bom momento em campo contrasta com a turbulência nos bastidores. John Textor enfrenta uma disputa judicial com seus sócios da Eagle Football Holdings, que tentam impedir mudanças na estrutura da SAF. A polêmica envolve movimentações financeiras e acusações de manobra para retirar o Botafogo do grupo. Enquanto isso, o time segue vivo na Libertadores, nas quartas da Copa do Brasil e brigando na parte de cima da Série A, mas o futuro do projeto dependerá da capacidade de equilibrar ambição esportiva e saúde financeira.
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