Enquanto parte da torcida do Botafogo pressiona por mudanças, a diretoria segue apostando na continuidade do trabalho de Renato Paiva. Em seu blog no jornal “Extra”, o jornalista Gilmar Ferreira trouxe uma comparação interessante: a situação vivida hoje no Glorioso seria semelhante ao momento enfrentado pelo Arsenal, da Inglaterra, antes da consolidação do projeto de sucesso comandado por Mikel Arteta.

Gilmar lembrou que, após perder o título da Premier League para o Manchester City na temporada 2023/24, o Arsenal optou por renovar o contrato de Arteta e reforçar o elenco de acordo com o modelo de jogo desejado pelo treinador, em vez de promover a troca de comando. A estratégia deu frutos: hoje, o clube inglês é semifinalista da Liga dos Campeões da Europa e segue entre os principais times do continente.
“Em vez da troca no comando, os gestores resolveram olhar para seus desafios, mexer no elenco e apostar na parceria por mais três anos”, escreveu o jornalista.

Apesar de Arteta ter passado por críticas, o Arsenal conquistou a FA Cup e duas Supercopas da Inglaterra nos últimos anos, além de manter presença constante na parte de cima da tabela. Gilmar aponta que a lógica poderia se aplicar ao Botafogo, onde Renato Paiva ainda não teve tempo e condições ideais para moldar o elenco ao seu estilo.

O comentarista ressaltou que John Textor parece ciente dessa realidade. Ele relembrou que o americano reforçou a equipe no ano passado durante a campanha histórica sob comando de Artur Jorge, com contratações como Luiz Henrique, Thiago Almada e Alex Telles. Agora, a visão seria semelhante: resistir à pressão por demissão precoce e ajustar o elenco para atender melhor às necessidades do novo treinador.
“O milionário americano sabe, como alertou Edu Gaspar, que a forma mais eficaz de corrigir os rumos de um time é ajustando a capacidade do elenco às necessidades do sistema do treinador”, analisou Gilmar.
Textor teria resumido o momento com uma frase que viralizou entre os bastidores do Botafogo:
“A temporada ainda é nova, mas a tradição do pânico é velha.”
A diretoria entende que a solução não passa apenas por trocar o treinador, mas sim por oferecer melhores ferramentas para que Paiva possa fazer a equipe voltar a render, mesmo reconhecendo que novos tropeços podem aumentar a pressão sobre o técnico.
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