O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, reacendeu a polêmica sobre gramados sintéticos no futebol brasileiro após criticar duramente o estado do Maracanã.
Durante entrevista depois da vitória do Palmeiras por 3 a 1 sobre o Botafogo-SP, o português defendeu os gramados artificiais e apontou a precariedade dos campos naturais no Brasil, incluindo o estádio carioca.
“Me desculpem, mas se viesse aqui a UEFA regulamentar ou fiscalizar os gramados do Brasil, passava um ou dois. Se me perguntam, o natural é o que eu mais gosto. Sabe quantas vezes joguei no Maracanã? Umas quatro, cinco vezes. Sabem quantas vezes o gramado estava médio? Zero. Joguei uma vez com o gramado mais ou menos, sabem quando? Final da Libertadores, quando a Conmebol disse: ‘Vamos parar isso, precisamos de um mês para compor o gramado’”, disse Abel.

Impacto para o Botafogo
O debate afeta diretamente o Botafogo, já que o clube utiliza o gramado sintético do Estádio Nilton Santos desde 2023. Apesar das críticas ao modelo artificial, muitos jogadores e técnicos apontam que a grama sintética garante mais uniformidade ao campo, sem buracos ou desníveis. Com a possível decisão da CBF sobre a proibição do uso desses gramados, o Alvinegro pode ter que reformar seu estádio novamente, o que exigiria um grande investimento e mudança na logística do clube.
O técnico Abel Ferreira ressaltou que, ao contrário do que muitos alegam, o uso de gramado artificial não traz mais lesões do que um gramado natural em más condições, citando o Maracanã como exemplo de campo problemático.

Ele também destacou que Palmeiras e Botafogo, times que utilizam gramado sintético, tiveram as melhores campanhas como visitantes nas últimas edições do Brasileirão, rebatendo a tese de que o piso artificial favorece apenas os mandantes.
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