Renato Paiva ainda não comandou o Botafogo em jogos oficiais, mas já começa a deixar sua marca — ao menos no bom humor e na leitura precisa do jogo. Após a vitória por 2 a 0 sobre o Novorizontino, em amistoso disputado neste sábado (23), no Estádio Nilton Santos, o técnico português analisou com clareza o desempenho do time e brincou ao ser perguntado se o time já apresentava sua identidade.
“Espero que nunca tenha a cara do Paiva, que é feia (risos). Espero que tenha as ideias do treinador em cima daquilo que eles já têm. E hoje houve coisas dessas. Não foi uma exibição constante, houve alternâncias de qualidade, melhor, pior, mas há coisas que estamos querendo acrescentar ao jogo que eles já têm. E isso me deixa satisfeito”, disse o treinador à Botafogo TV.
Construção desde a defesa ainda exige ajustes

Em sua análise técnica, Paiva se aprofundou em um dos aspectos que mais preza em seus times: a construção desde a defesa. Segundo ele, o Botafogo teve bons momentos nesse tipo de saída de bola, mas ainda comete erros de percepção quanto ao momento certo de sair jogando curto ou optar por uma ligação mais longa.
“Em relação à construção, tivemos momentos interessantes e tivemos momentos em que não percebemos ainda, o que é normal, quando é que tu tens que jogar mais curto e quando é que tu tens que jogar mais longo. E as pessoas fazem muita confusão achando que, quando se sai jogando por trás, sempre tem que ser curto, com 15 passes. Não é isso”, explicou.
“Temos que jogar em função do posicionamento do adversário. Quando começamos a mexer a bola atrás, temos que perceber se dá para jogar numa primeira linha, numa segunda, ou se é necessário buscar uma bola mais longa. Ainda falta essa percepção. Mas, quando acertaram, conseguimos sair jogando bem curto e também mais longo. Só que isso não aconteceu durante o jogo inteiro”, completou.

Último teste antes da maratona
O amistoso serviu como o último teste antes da intensa maratona de abril e maio. O Botafogo estreia no Campeonato Brasileiro no dia 30, contra o Palmeiras, em São Paulo. Poucos dias depois, o clube entra em campo pela primeira rodada da fase de grupos da Libertadores, diante da Universidad de Chile, fora de casa.
Renato Paiva precisa que os jogadores assimilem rapidamente seus conceitos, principalmente em meio a uma sequência desgastante de jogos e viagens. Mesmo assim, se mostra satisfeito com a evolução do time e a entrega dos atletas até agora.
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