O empate sem gols entre Botafogo e Grêmio no Mané Garrincha expôs o fracasso das mudanças promovidas por Artur Jorge. Após um jogo exaustivo contra o São Paulo pela Libertadores, era esperado que o técnico fizesse ajustes na equipe, mas as alterações não surtiram o efeito desejado. O time, com cinco novidades no elenco titular, não conseguiu imprimir intensidade nem superar a sólida defesa gremista, que por vezes se fechava com seis jogadores.
A ausência de Gregore e Marlon Freitas foi particularmente sentida no meio-campo. Os substitutos, Danilo Barbosa e Tchê Tchê, não conseguiram manter o mesmo nível de intensidade e capacidade de transição, limitando a criação de jogadas ofensivas. Com uma posse de bola passiva e sem objetividade, o Botafogo foi ineficaz na construção de jogadas e não soube transformar o controle de bola em finalizações. Artur Jorge, em coletiva, admitiu que “não foi um bom dia” para o time.
Botafogo teve ataque ineficiente
Além disso, a atuação de Tiquinho Soares foi um ponto fraco. O atacante, em vez de ajudar na troca de passes e criação de oportunidades, passou boa parte do jogo envolvido em disputas físicas com o zagueiro Kannemann. Sua substituição por Igor Jesus no segundo tempo trouxe uma leve melhora na dinâmica ofensiva, mas o gol de Bastos acabou sendo anulado, frustrando ainda mais o time alvinegro. Enquanto isso, Alexander Barboza tentava levar o time ao ataque com lançamentos imprecisos, sem sucesso.
Com o empate, o Botafogo viu sua vantagem na liderança do Brasileirão cair para apenas um ponto, já que o Palmeiras venceu o Atlético-MG. Agora, o alvinegro carioca precisa reagir rapidamente, já que no próximo sábado tem uma partida dura contra o Athletico-PR, fora de casa. O time precisa se reorganizar para manter viva a busca pelo título.
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