Marinho Chagas

Marinho Chagas, conhecido como “A Bruxa”, é uma das figuras mais emblemáticas do futebol brasileiro e um ídolo inesquecível do Botafogo. Nascido em Natal, Rio Grande do Norte, no dia 8 de fevereiro de 1952, Francisco das Chagas Marinho se destacou como um dos laterais-esquerdos mais talentosos e carismáticos de sua época, deixando um legado duradouro tanto no clube carioca quanto na Seleção Brasileira.

Marinho Chagas iniciou sua carreira profissional no ABC de Natal, onde rapidamente se destacou pelo seu estilo de jogo ofensivo e habilidade em apoiar o ataque. Em 1970, transferiu-se para o Náutico, clube pernambucano onde consolidou sua reputação como um dos melhores laterais do país. Seu desempenho chamou a atenção de grandes clubes, e em 1972, ele foi contratado pelo Botafogo, onde viveria alguns dos momentos mais marcantes de sua carreira.

No Botafogo, Marinho Chagas se tornou um ícone. Sua habilidade técnica, velocidade e visão de jogo o destacaram como um dos melhores laterais-esquerdos do futebol brasileiro. Ele era conhecido por sua capacidade de driblar adversários, cruzar com precisão e marcar gols, características que o diferenciavam dos laterais tradicionais da época. Durante sua passagem pelo Botafogo, Marinho jogou ao lado de grandes nomes como Jairzinho, Paulo César Caju e Roberto Miranda, formando uma equipe temida e respeitada.

Marinho Chagas foi peça-chave na conquista do Campeonato Carioca de 1975, um dos títulos mais importantes do Botafogo naquela década. Seu desempenho não passou despercebido, e ele foi convocado para a Seleção Brasileira. A participação de Marinho Chagas na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha Ocidental, foi um dos pontos altos de sua carreira. Ele brilhou na competição, sendo eleito o melhor lateral-esquerdo do torneio pela imprensa internacional, graças à sua performance excepcional em partidas contra equipes como a Holanda e a Argentina.

Após a Copa do Mundo, Marinho Chagas continuou a atuar em alto nível pelo Botafogo até 1977, quando se transferiu para o Fluminense. Sua passagem pelo Fluminense foi breve, e ele logo seguiu para o futebol internacional, jogando por clubes como New York Cosmos e Fort Lauderdale Strikers, nos Estados Unidos, onde continuou a encantar fãs com seu estilo de jogo ofensivo e carismático.

Marinho Chagas também teve passagens por outros clubes brasileiros, como São Paulo e Bangu, antes de encerrar sua carreira no Fortaleza, em 1987. Mesmo após a aposentadoria, ele permaneceu envolvido com o futebol, seja como comentarista ou em funções administrativas, sempre compartilhando sua vasta experiência e paixão pelo esporte.

Infelizmente, Marinho Chagas enfrentou dificuldades financeiras e problemas de saúde nos anos seguintes, mas seu legado no futebol jamais foi esquecido. Ele faleceu em 1º de junho de 2014, mas continua sendo lembrado como um dos maiores laterais da história do futebol brasileiro e um ídolo eterno do Botafogo.

• Campeonato Potiguar: 1970
• Campeonato Paulista: 1981
• Troféu Teresa Herrera: 1977
• Torneio Independência do Brasil: 1974
• Taça Augusto Pereira da Mota: 1975
• Taça José Wânder Rodrigues Mendes: 1976
• Torneio Ministro Ney Braga: 1976
• Torneio Bicentenário dos Estados Unidos: 1976
• Copa Roca: 1976
• Copa Rio Branco: 1976
• Taça do Atlântico: 1976
• Mundialito de Cáli: 1977
• Bola de Prata da Revista Placar: 1972, 1973 e 1981
• Seleção da Copa do Mundo FIFA: 1974
• Melhores do Futebol (El País): 1974 (2º colocado)