Meu Botafogo

História do Botafogo

Conheça

No dia 1º de julho de 1894, na praia de Botafogo, foi fundado o Club de Regatas Botafogo, em homenagem à enseada do bairro onde seus barcos competiam. A sede original ficava em um casarão, demolido posteriormente, localizado ao sul da praia, próximo ao Morro do Pasmado, onde hoje está o final da Avenida Pasteur.

Em 1899, o Fogão se destacou nas águas da Baía de Guanabara. A embarcação Diva, representando o clube, venceu todas as 22 regatas em que participou, conquistando o campeonato carioca. Por conta desse título, o Botafogo é o único clube brasileiro campeão em três séculos diferentes.

O Club de Regatas Botafogo foi pioneiro entre os clubes cariocas ao conquistar um campeonato brasileiro em qualquer modalidade esportiva. Esse feito ocorreu em outubro de 1902, em uma competição de remo realizada no Rio de Janeiro, com a vitória do atleta Antônio Mendes de Oliveira Castro, que posteriormente se tornaria presidente do clube.

Foto: Reprodução/Botafogo

O nascimento do Glorioso

Foto: Reprodução/Botafogo

Dez anos após a fundação do Regatas, no mesmo bairro surgiu um novo clube de futebol, inicialmente chamado Electro Club, o primeiro nome do Botafogo Football Club. A ideia nasceu de uma conversa entre dois amigos durante uma aula. Flávio Ramos e Emmanuel Sodré, estudantes do colégio Alfredo Gomes, trocaram um bilhete que dizia: “O Ithamar tem um clube de football na Rua Martins Ferreira. Vamos fundar outro no Largo dos Leões? Podemos falar aos Werneck, ao Arthur César, ao Vicente e ao Jacques”. E assim tudo começou.

O bilhete foi interceptado pelo professor de matemática, general Júlio Noronha, que advertiu não ser aquele o momento mais apropriado para tal conversa, mas ressaltou seu apoio à prática de esportes. Esse foi o primeiro passo para o nascimento do Glorioso.

Na mesma noite, Flávio Ramos conversou com Octávio Werneck na Rua Voluntários da Pátria e fez o convite. Na tarde de 12 de agosto de 1904, um grupo de colegiais, com idades entre 14 e 15 anos, reuniu-se no chalé de um velho casarão na Rua Conselheiro Gonzaga, gentilmente cedido por Dona Chiquitota, avó materna de Flávio, grande amiga e verdadeira mãe do clube nascente.

Os meninos do bairro de Botafogo se reuniram com outros amigos para fundar o Electro Club, nome que durou apenas dois meses. Em uma reunião no dia 18 de setembro na casa de Dona Chiquitota, ela se assustou com o nome do clube e argumentou: “Ora, morando onde vocês moram, o clube só pode se chamar Botafogo”. O clube então passou a se chamar Botafogo Football Club.

O primeiro amistoso ocorreu em 2 de outubro de 1904, contra o Football and Athletic Club, na Tijuca, resultando em uma derrota por 3 x 0. A primeira vitória veio no segundo jogo, em 21 de maio de 1905, contra o Petropolitano, com um gol de Flávio Ramos. Em 1906, o time participou do primeiro Campeonato Carioca, tornando-se o primeiro campeão da cidade.

O primeiro Campeonato Carioca comemorado imediatamente após o apito final foi em 1910. Com uma campanha marcada por sete goleadas, o clube não apenas foi campeão, mas ganhou o apelido de Glorioso. Dois anos depois, um novo título carioca foi conquistado. A competição voltou a coroar o Botafogo na década de 1930, quando o clube se sagrou Campeão Carioca de 1932 a 1935, tornando-se o único tetracampeão do torneio. Após 38 anos da fundação do Botafogo Football Club e 48 anos do Club de Regatas Botafogo, um incidente uniu os dois clubes, formando o atual Botafogo.

Primeira década

O Botafogo Football Club jogou sua primeira partida em 2 de outubro de 1904, um amistoso contra o Football and Athletic Club no campo deste último, localizado na Rua Haddock Lobo, na Tijuca. O Botafogo foi derrotado por 3 a 0 com a seguinte escalação: Flávio Ramos, Victor Faria e João Leal; Basílio Vianna, Octávio Werneck e Adhemaro De Lamare; Norman Hime, Ithamar Tavares, Álvaro Soares, Ricardo Rêgo e Carlos Bittencourt.

A primeira vitória do Botafogo veio em 21 de maio de 1905, num amistoso contra o Petropolitano, no campo da Rua Voluntários da Pátria, com um placar de 1 a 0, gol de Flávio Ramos. A segunda vitória foi contra o Colégio Militar, seguida de uma revanche contra o Athletic em 4 de junho, vencendo por 2 a 1.

Em 1906, o Botafogo participou do primeiro Campeonato Carioca de Futebol, organizado pela Liga Metropolitana, fundada em 21 de maio de 1905 pelos clubes América, Athletic, Bangu, Botafogo, Fluminense e Petropolitano. O Botafogo se tornou o primeiro clube carioca a conquistar um título, vencendo a competição dos segundos quadros, antes do torneio dos primeiros quadros, que foi vencido pelo Fluminense. A conquista dos primeiros quadros veio em 1907, de forma polêmica, com o título sendo dividido com o Fluminense, seu maior rival na época. Este clássico, mais tarde, foi apelidado de Clássico Vovô, sendo o mais antigo do futebol brasileiro.

O título mais significativo da primeira década veio em 1910, quando o Botafogo passou a ser conhecido como o Glorioso após uma goleada de 6 a 1 sobre o Fluminense. O clube ganhou seu terceiro título em 1912 pela nova liga que fundou, a AMEA, após brigar com o América em 1911 e abandonar a Liga Carioca. Contudo, o Botafogo passou por um longo período de 18 anos sem ganhar títulos estaduais, embora tenha conquistado torneios e jogos amistosos contra equipes de outros estados e países, principalmente da Europa, incluindo seleções nacionais.

Durante esse período, o Botafogo aumentou seu patrimônio, mudando-se do Largo dos Leões, no Humaitá, para a Rua General Severiano, onde construiu sua sede e estádio. O campo de futebol foi inaugurado em 1913 com uma vitória de 1 a 0 sobre o Flamengo.

A sede monumental, o Palacete da Avenida Venceslau Brás (atualmente tombado e preservado em sua construção original), foi inaugurada em 1928 com um grande baile. O estádio, com capacidade para 25 mil pessoas, foi inaugurado em 28 de agosto de 1938, com uma vitória de 3 a 2 sobre o Fluminense. Antes disso, em 1 de outubro de 1930, a iluminação do campo de General Severiano, com capacidade para 8 mil pessoas, foi comemorada com um jogo entre o Botafogo e o Atlético Mineiro, vencido pelo alvinegro carioca por 6 a 3. O jejum de títulos foi finalmente interrompido com a conquista do Campeonato Carioca de 1930.

Anos 30 e 40

Ao contrário dos anos 20, as décadas de 30 e 40 foram de muitas conquistas para o Glorioso. Veio o tetracampeonato, único entre os clubes do Rio de Janeiro: 1932, 1933, 1934 e 1935. O Botafogo tornou-se a base da Seleção Brasileira nas Copas de 1930, 1934 e 1938, revelando inúmeros craques. O clube contratava talentos de outros clubes do Rio, do restante do país e do futebol argentino e uruguaio.

Entre esses talentos, destaca-se Leônidas da Silva, o Diamante Negro, que inventou o gol de bicicleta em um jogo da Seleção contra a Itália, na Copa de 1938. General Severiano virou um celeiro de estrelas, como Martim Silveira, Canalli, Paulinho Tovar, Carvalho Leite, Nilo Murtinho Braga, Patesko, Pirica, Átila e Heleno de Freitas.

Em 1936, o Botafogo fez sua primeira excursão internacional, com nove jogos no México e nos Estados Unidos, resultando em seis vitórias, duas derrotas e um empate. Em 28 de agosto de 1938, o Botafogo inaugurou, em uma grande festa para a cidade, o estádio em General Severiano, considerado “o mais bonito do Brasil”.

Embora tenha conquistado apenas um título carioca nos anos 1940, o de 1948, 13 anos após o tetra de 1935, essa década foi muito rica para a história do Glorioso. Além de acumular vitórias internacionais, o clube montou grandes times, repletos de craques e ídolos, como Heleno de Freitas, Nílton Santos, Geninho, Gerson Santos, Ávila, Juvenal, Oscar Basso, Paraguaio, Pirilo, Oswaldo Baliza, Rubinho e Octávio.

A mascote do Campeonato Carioca de 1948 foi o cachorro Biriba, um vira-lata branco com uma mancha preta, que entrava em campo com o time nos jogos e se tornou uma lenda mundial. A fama da mascote era tanta que o Botafogo tinha suas cotas em dólares, nas excursões ao exterior, aumentadas graças a uma cláusula que exigia a presença de Biriba.

Antes do jogo final do Campeonato Estadual de 1948, contra o Vasco, em General Severiano, Biriba ficou concentrado em um hotel, vigiado 24 horas por seu cão de guarda, Macaé. O filé-mignon de Biriba era experimentado por Macaé antes de a mascote comê-lo. Essa medida foi tomada pelo lendário presidente Carlito Rocha, pois os vascaínos ameaçavam envenenar o cachorro para “desfalcar” a equipe na grande decisão. Com Biriba em campo, o Botafogo venceu por 3 a 1 e ficou com o título, depois de uma série de campeonatos perdidos para o Vasco, que possuía um timaço na época e era conhecido como Expresso da Vitória.

Anos 50

A inauguração do Estádio Mário Filho, o Maracanã, construído para a Copa de 1950, aconteceu em 16 de junho daquele ano, com uma partida entre as seleções carioca e paulista. O primeiro gol no templo do futebol mundial foi marcado por uma das lendas alvinegras, Didi. O jogo terminou com vitória paulista por 3 a 1.

O primeiro jogo do Botafogo no novo estádio ocorreu após a trágica partida da Seleção na final da Copa, perdida para o Uruguai por 2 a 1, em 16 de julho. Foi um clássico contra o América pelo Campeonato Carioca. Resultado: derrota de 4 a 2, que foi devolvida no returno (2 a 1) e que levou o rival a perder para o Vasco o título praticamente conquistado.

Antes de ganhar seu primeiro título no Maior do Mundo, em 1957, o Botafogo revelou, num jogo contra o Bonsucesso em 19 de julho de 1953, em General Severiano, o maior fenômeno da história do futebol: Manoel Francisco dos Santos, o genial Mané Garrincha.

O Maracanã veio a conhecê-lo no clássico com o Flamengo, no dia 7 de setembro. Na vitória botafoguense por 3 a 0, Garrincha fez seu primeiro gol no estádio e levou o lateral rubro-negro Jordan à loucura com dribles e cruzamentos incríveis. A consagração definitiva de Mané veio no dia 22 de dezembro de 1957, quando ele desmontou, na final, a defesa do Fluminense na goleada de 6 a 2.

Foi autor de um dos gols e contribuiu para os cinco marcados por Paulinho Valentim, outra lenda botafoguense do primeiro título alvinegro no Maracanã. O supertime era dirigido por outro mito, João Saldanha, e tinha ainda outras feras: Nílton Santos, Didi, Pampolini, Quarentinha, Servílio, Beto, Tomé, Edson e Adalberto.

Década de 60 – A Gloriosa

Com a conquista do primeiro título mundial da Seleção Brasileira em 1958, na Suécia, o Botafogo viu os anos 60 se tornarem sua década de ouro. A equipe de Vicente Feola contava com quatro gênios alvinegros: Nílton Santos, Didi, Garrincha e Zagallo.

Durante essa década, o Botafogo, liderado por Garrincha, conquistou o bicampeonato carioca de 1961/62, além dos títulos do Torneio Rio-São Paulo em 1962 e 1964, e vários torneios internacionais. Ao lado do Santos, o Botafogo ajudou a abrir as portas do mercado europeu para os jogadores brasileiros, consolidando a Seleção Brasileira como uma potência mundial e ganhando a expressão “A pátria de chuteiras” de Nelson Rodrigues.

O Botafogo continuou a produzir talentos, revelando uma nova geração de craques como Jairzinho, Paulo César Caju, Roberto, Rogério, Nei Conceição, Carlos Roberto, Ferreti, Afonsinho, Cao, Moreira, Valtencir, e Othon Valentim. Esse grupo foi complementado por jogadores excepcionais como Manga, Gérson, e Sebastião Leônidas, sob o comando do técnico Zagallo. O Botafogo conquistou o bicampeonato carioca de 1967/68, o bi da Taça Guanabara em 1967 e 1968, e a Taça Brasil de 1968, reconhecida pela CBF como o primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol. Além disso, o Botafogo foi tricampeão mundial em Caracas. Mais uma vez, tornou-se a base da Seleção Brasileira, que conquistou o tricampeonato mundial na Copa do México em 1970, com João Saldanha nas Eliminatórias e Zagallo no comando durante o torneio.

Anos 70 e 80

Após os anos dourados, o Botafogo entrou em um período difícil, marcado pela perda do título estadual de 1971 para o Fluminense. No jogo decisivo, o tricolor Lula marcou um gol a dois minutos do fim, quando um empate de 0 a 0 seria suficiente para o Botafogo, que contava com um time repleto de craques, apelidado de Selefogo. O gol polêmico resultou de uma falta de Marco Antônio sobre o goleiro Ubirajara Mota, não assinalada pelo árbitro José Marçal Filho, resultando na vitória do Fluminense. Este gol, até hoje contestado, estigmatizou Marçal e marcou o início de um jejum de 20 anos sem títulos para o Botafogo, quebrado apenas em 1989.

Durante este período de dificuldades, o Botafogo enfrentou problemas fora de campo também. Em 1976, a sede social e o estádio do clube foram vendidos para a Vale do Rio Doce para quitar dívidas fiscais. O clube só conseguiu recuperar seu patrimônio em 1994, prelúdio de um grande ano em 1995, quando conquistou o Campeonato Brasileiro na final contra o Santos.

Durante este período crítico, o futebol do Botafogo foi transferido para Marechal Hermes, um subúrbio do Rio, até que o clube retornasse ao seu local de origem e retomasse sua trajetória de glórias. Em campo, o título carioca foi reconquistado de forma invicta em 1989, no dia 21 de junho, com um gol de Maurício no segundo jogo da decisão contra o Flamengo. O Botafogo repetiu o feito em 1990, conquistando o bicampeonato sobre o Vasco.

Anos 90

Nos anos 90, o Botafogo colecionou grandes conquistas. O primeiro destaque foi a vitória na Conmebol em 1993, após uma final emocionante contra o Peñarol no Maracanã, decidida nos pênaltis após um empate de 2 a 2 no tempo normal.

Em 1995, o time conquistou o Campeonato Brasileiro em uma final emocionante contra o Santos: venceu o primeiro jogo por 2 a 1 no Maracanã, com gols de Gottardo e Túlio, e empatou o segundo jogo por 1 a 1 no Pacaembu, com um gol de Túlio Maravilha. O título poderia ter sido conquistado antes, em 1992, mas o Botafogo, comandado por Renato Gaúcho, perdeu a decisão para o Flamengo: 3 a 0 e 2 a 2.

Em 1996, o clube ganhou a Taça Cidade Maravilhosa de forma invicta, com seis vitórias e um empate. No mesmo ano, conquistou a Taça Tereza Herrera, vencendo o Deportivo La Coruña e a Juventus. Em 1997, após uma campanha notável, o Botafogo voltou a vencer o Campeonato Carioca, derrotando o Vasco no segundo jogo da decisão com um gol de Dimba, conhecido como “o gol da Dimbalada”. O time havia conquistado de forma invicta a Taça Guanabara (com 12 vitórias em 12 jogos, incluindo duas sobre o Vasco) e a Taça Rio (oito jogos, com vitória na final contra o Fluminense).

No entanto, também houve uma grande decepção: diante de 111 mil torcedores alvinegros, o maior público de uma só torcida no Maracanã, o Botafogo empatou em 0 a 0 com o Juventude na final da Copa do Brasil, perdendo o título para o clube gaúcho.

Anos 2000

O início do século XXI trouxe desafios para o Botafogo. Em 2002, o time foi rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, junto com o Palmeiras, enfrentando uma grave crise política e financeira. No entanto, com o apoio da fiel torcida e um time determinado, o clube retornou à série A em 2003, ao lado do Palmeiras, campeão da B.

Em 2006, sob o comando do técnico Carlos Roberto, um dos grandes ídolos do clube, o Botafogo conquistou o Campeonato Carioca após vencer duas finais emocionantes: 3 a 1 sobre o América na Taça Guanabara e 2 a 0 e 3 a 1 sobre o Madureira na decisão do título. Em 2007, o clube conseguiu uma importante conquista patrimonial ao obter o direito de mandar suas partidas no moderno Estádio Olímpico, construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007.

O estádio, conhecido como Engenhão devido à sua localização no bairro do Engenho de Dentro, Zona Norte, foi inaugurado em 30 de junho de 2007 com uma vitória do Botafogo sobre o Fluminense por 2 a 1, com gols de Dodô e um de Alex Dias. Hoje, o estádio é chamado Estádio Nilton Santos.

Em 2010, após uma derrota de 6 a 0 para o Vasco, o Botafogo surpreendeu ao conquistar o Campeonato Carioca. Sob a liderança de Joel Santana, o time venceu as Taça Guanabara e Taça Rio, e garantiu o título estadual sem necessidade de final, vencendo o Flamengo por 2 a 1 na última partida da Taça Rio, com destaque para a cavadinha de Loco Abreu e uma defesa de pênalti de Jefferson.

Em 2013, o Botafogo conquistou o Campeonato Carioca de forma impecável, vencendo tanto a Taça Guanabara quanto a Taça Rio e garantindo o título antecipadamente. O ano foi ainda mais especial com a conquista também no Campeonato Carioca de Remo.

Após um ano turbulento, o Botafogo se reergueu em 2015 ao conquistar a Série B e garantir o retorno à elite do futebol brasileiro. No remo, o clube alcançou um tricampeonato estadual histórico.

Em 2018, o Botafogo se tornou Campeão de Terra e Mar novamente. O título carioca veio com emoção, incluindo um gol decisivo de Carli e uma vitória nos pênaltis com Gatito Fernández como herói. No remo, o clube conquistou o hexacampeonato carioca e o heptacampeonato brasileiro de barcos longos.

A temporada 2020/2021 foi marcada pela pandemia de Covid-19, que trouxe uma série de desafios e resultou em um rebaixamento para a Série B. Contudo, no mesmo ano, o Botafogo fez uma recuperação notável sob o comando do técnico Enderson Moreira, disparando da 15ª colocação para a liderança e conquistando 57 dos 78 pontos disputados. A campanha é considerada a maior recuperação na história da Série B e culminou com o título e o retorno à elite do futebol brasileiro.

Botafogo SAF

O final de 2021 marcou um ponto crucial na história do Botafogo com a chegada da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). No dia 24 de dezembro, John Textor foi anunciado como o novo acionista majoritário do Clube, assumindo 90% das ações do Botafogo, enquanto os 10% restantes permanecem com o Clube Social. Em abril de 2022, esse acordo entrou oficialmente em vigor.

No primeiro ano de SAF, o Botafogo fez um investimento significativo de R$64 milhões na reformulação da equipe, o que resultou em uma campanha sólida no Campeonato Brasileiro, com 53 pontos e uma 10ª colocação, garantindo uma vaga na Copa Sul-Americana.

Em 2023, o Botafogo se destacou ainda mais no cenário do futebol brasileiro, disputando o título do Brasileirão com uma pontuação de 65 pontos, a maior da era dos pontos corridos, e terminou em 5ª posição, garantindo sua volta à Copa Libertadores da América após 7 anos. Na Copa do Brasil, o time avançou até as oitavas de final, e na Copa Sul-Americana, chegou às quartas.

A reestruturação também se refletiu fora de campo. Em menos de dois anos sob o modelo SAF, o Estádio Nilton Santos recebeu investimentos para melhorias significativas, incluindo a reforma da sala de imprensa, zona mista, estúdio da Botafogo TV, quiosques da Botafogo Store e aprimoramento dos serviços de alimentação durante os jogos. A Nova Era do Botafogo tem como objetivo a profissionalização dos colaboradores e o fortalecimento da estrutura, visando colocar o brilho da Estrela Solitária sempre no topo.