A derrota para o Racing na Recopa Sul-Americana não surpreendeu. Muitos me perguntaram antes do jogo qual seria minha previsão, e fui direto ao ponto: o clube argentino tinha mais chances. O motivo? Simples. O Racing queria muito essa taça, enquanto do lado alvinegro, esse desejo não transpareceu.
A postura do Botafogo, principalmente na posição de John Textor, reflete um clube que não trata essa competição como prioridade. O próprio dono da SAF já deixou claro que sua atenção está voltada para abril, quando começa a fase de grupos da Libertadores. E nada de técnico. As negativas vão se somando.
Mas será que esse pensamento não mina a motivação dos jogadores? A falta de intensidade no jogo de ida mostrou um time sem o brilho de 2024, parecendo cumprir tabela em vez de lutar por um título internacional inédito.
O que me preocupa é o desprezo por uma taça que pode não voltar tão cedo para o horizonte alvinegro.

O Botafogo abriu mão da Supercopa do Brasil, do Estadual, errou na pré-temporada e agora encara um dilema: está jogando fora oportunidades que poderiam fortalecer sua identidade vencedora. Quando será que o clube terá novamente a chance de disputar essa Recopa? Para isso, teria que vencer outra Libertadores ou uma Sul-Americana. Tarefas fáceis? Nunca serão. E é algo que, com a atual postura, parece cada vez mais distante.
O discurso de longo prazo pode até fazer sentido para Textor, mas, no futebol, vencer títulos é o que constrói uma mentalidade campeã. Hoje, o Racing vem com essa mentalidade, o Botafogo não. A Recopa é uma das competições mais diferenciadas de 2025, e o Alvinegro deveria tratá-la com mais seriedade. Sem ambição, fica difícil até sonhar…

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