Há três anos, o Botafogo dava um passo rumo ao futuro. Em março de 2022, o clube finalizava sua transição para SAF e passava a ser gerido por John Textor, empresário norte-americano que prometia revolucionar o futebol alvinegro.
O clube, que vinha de anos de gestão amadora, rebaixamentos e dificuldades financeiras, passava a integrar o projeto do empresário norte-americano, dono da Eagle Football. O saldo dessa parceria transformou completamente o Glorioso, que saiu da luta contra a falência para erguer os troféus do Campeonato Brasileiro e da Libertadores de 2024. Mas como foi essa trajetória?
De um clube afundado em dívidas e sem perspectivas, o Glorioso se transformou em uma potência nacional e internacional.
2022: O início da reconstrução
O primeiro ano da era Textor foi de reorganização. A prioridade era tirar o clube do colapso financeiro e estruturar um modelo de gestão eficiente. Luís Castro foi contratado como técnico e, com um elenco reformulado, o Botafogo terminou o Brasileirão na 11ª posição, garantindo uma vaga na Sul-Americana. Foi um ano de aprendizado, mas que já mostrava sinais claros de um novo Botafogo, mais forte e ambicioso.

2023: Do sonho ao pesadelo
O segundo ano da SAF trouxe ares de grandeza ao Botafogo. No dia 9 de abril de 2023, após uma goleada por 5 a 2 contra o Audax Rio, conquistou a Taça Rio. Em seguida, o time começou o Campeonato Brasileiro avassalador, liderando a competição de ponta a ponta no primeiro turno e abrindo 13 pontos de vantagem.
A torcida alvinegra já sonhava com o título. No entanto, a saída de Luís Castro em junho para o Al-Nassr e a instabilidade no comando técnico cobraram um preço alto. Bruno Lage assumiu e, após uma série de decisões equivocadas, o time entrou em colapso. O que parecia um título garantido virou um pesadelo, e o Botafogo terminou o campeonato na quinta colocação. O Palmeiras acabou sendo campeão. As críticas em cima do mental do time foram estrondosas.
O prêmio de consolação para a gigantesca frustração foi a vaga na pré-Libertadores. Ninguém realmente esperava, mas seria a oportunidade de redenção.

2024: O maior ano da história alvinegra
Se 2023 terminou com decepção, 2024 foi como um conto de fadas. Textor veio com mais fome e trouxe grandes nomes como Almada, Luiz Henrique e Igor Jesus. Alguns deles esquecidos. Com um elenco reforçado e o aprendizado após o fracasso do ano anterior, o Botafogo superou as fases preliminares da Libertadores e, jogo a jogo, foi mostrando sua força.
A trajetória culminou na grande final contra o Atlético Mineiro, vencida por 3 a 1 no lendário Monumental de Núñez, consagrando o Glorioso campeão da América pela primeira vez. Com isso, ainda conseguiu a vaga para o primeiro Super Mundial de Clubes da Fifa.
Mas o ano ainda reservava mais um momento de glória. No Brasileirão, o Botafogo voltou mais forte e, dessa vez, não deixou escapar. Com uma campanha sólida, sem esmorecer, conquistou o título nacional, coroando um 2024 inesquecível e consolidando o trabalho da SAF. Acabaram as dúvidas sobre o mental e o clube carioca mostrou sua capacidade.
O clube carioca acabou sendo o time que mais disputou partidas em 2024 entre todo o mundo.

A volta da desconfiança em 2025?
Porém, nem tudo foi perfeito. 2025 começou mal. A equipe enfrentou desafios como a perda de peças fundamentais e a saída do técnico Artur Jorge. No Campeonato Carioca, a equipe teve um desempenho instável, usou um time jovem, com crias da base, e não alcançou as fases decisivas do torneio.
Na Supercopa do Brasil, contra o Flamengo. O jogo ficou marcado por fortes chuvas e uma paralisação de mais de uma hora. No entanto, o rival levou a melhor e venceu por 3×1, deixando o Glorioso sem o troféu.
Na Recopa Sul-Americana, o Botafogo enfrentou o Racing, campeão da Sul-Americana, mas não conseguiu o título. No primeiro jogo, na Argentina, o time foi derrotado por 2×0. Na partida de volta, no Estádio Nilton Santos, o Racing repetiu o placar e levou a taça.
Além das derrotas nas finais, o Botafogo também passou por mudanças no comando técnico. Carlos Leiria começou o ano à frente do time, mas após uma série de maus resultados, deu lugar a Cláudio Caçapa de forma interina. No fim de fevereiro, o clube acertou com Renato Paiva, que assumiu a equipe para o restante da temporada e já iniciou os trabalhos visando o Brasileirão e a Libertadores.

Com um início de ano turbulento, o Botafogo tenta reencontrar o caminho das vitórias e mostrar que 2024 não foi um ponto fora da curva. O clube tem um elenco forte e segue se reforçando para buscar novas conquistas, com foco no Campeonato Brasileiro.
O impacto da gestão Textor e o futuro do Botafogo
Textor apostou em um modelo de gestão inovador, baseado em sua holding multiclubes, a Eagle Football. Com conexões estratégicas com clubes como Lyon (França) e Crystal Palace (Inglaterra), o Botafogo passou a integrar um sistema global de intercâmbio de jogadores e ideias, tornando-se uma peça essencial na rede de desenvolvimento de talentos do grupo. O investimento em contratações certeiras, como Thiago Almada e Luiz Henrique, aliado ao resgate da competitividade do clube, fez do Glorioso um grande case de sucesso entre as SAFs do Brasil, uma verdadeira inspiração para os outros.
John Textor não apenas reergueu financeiramente o Botafogo, reduzindo as dívidas e trazendo novos investimentos, mas também mudou a mentalidade do clube. O torcedor alvinegro voltou a sonhar grande.

O que antes era um clube sem perspectivas, hoje é uma potência do futebol sul-americano, no top 10 de clubes mais valiosos. O Botafogo se tornou um modelo de gestão dentro do Brasil e, agora, mira o futuro com ambições ainda maiores. Com a participação garantida no Super Mundial de Clubes da FIFA e novos reforços à vista, o Glorioso quer seguir escrevendo sua história no topo do futebol mundial.
Três anos depois da chegada de John Textor, o Botafogo é outro clube. Mais forte, mais respeitado e mais vencedor. E isso pode ser apenas o começo. O próximo passo? Buscar o topo do mundo no Super Mundial e consolidar o Botafogo como a maior referência de glórias na nova era das SAFs.
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