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Flamengo x Botafogo: Gabigol do Cruzeiro é expulso em lance IDÊNTICO ao do Carioca que dispensa VAR

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Reprodução / Premiere

Dois pesos, duas medidas – as cotoveladas de Gabigol e De La Cruz

A arbitragem brasileira, mais uma vez, desperta polêmicas e gera questionamentos sobre critérios (ou a falta deles). Dois lances recentes, protagonizados por Gabigol e De La Cruz, escancaram a inconsistência nas decisões dos árbitros e a omissão do VAR em situações semelhantes.

No clássico Cruzeiro x Atlético-MG, Gabigol acertou uma cotovelada em Lyanco aos 29 minutos do primeiro tempo. Inicialmente advertido com cartão amarelo, o atacante teve sua punição revista pelo árbitro após consulta ao VAR, resultando em um cartão vermelho direto. O protocolo foi seguido, e o lance gerou uma expulsão merecida, como determina a regra.

Já no Flamengo x Botafogo, De La Cruz, em um movimento similar, acertou o rosto de Matheus Martins com o cotovelo aos 32 minutos do primeiro tempo. No entanto, o árbitro Bruno Mota Correia não consultou o VAR, e o uruguaio recebeu apenas um cartão amarelo, apesar das reclamações do jogador alvinegro e do parecer técnico de Paulo César Oliveira, que classificou a decisão como um erro grave.

Gabigol em lance idêntico foi expulso – Reprodução

Dois lances, tratamentos opostos

Ambos os casos envolvem cotoveladas, movimentos considerados violentos e dissociados da disputa de bola, conforme descrito na regra do jogo. No entanto, os desfechos foram opostos. Enquanto Gabigol deixou o gramado sob aplausos da torcida do Cruzeiro, mas corretamente punido, De La Cruz permaneceu em campo, contribuindo no clássico sem maiores consequências, enquanto jogo ainda estava 0 a 0.

A situação foi um estopim para esquentar ainda mais o clássico que terminou em confusão e briga generalizada. A discrepância entre as decisões é preocupante e levanta dúvidas: o VAR tem critérios claros ou depende da interpretação de quem o opera? Por que em alguns lances há revisão e, em outros, não?

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A confusão generalizada após o apito final em Flamengo x Botafogo no Maracanã Foto: Getty Images

O impacto no jogo e na credibilidade

No caso de Gabigol, a decisão correta do árbitro afetou o andamento da partida e a escalação do Cruzeiro no próximo confronto. O Galo aproveitou a superioridade numérica e venceu por 2 a 0. No caso de De La Cruz, o Botafogo se viu prejudicado, e a indignação de Matheus Martins reflete o sentimento de muitos: “É sempre assim”, disse o jogador na saída para o intervalo.

Essas decisões, ou a falta delas, comprometem a credibilidade da arbitragem e do VAR, além de alimentar a sensação de injustiça entre os clubes e torcedores. A aplicação desigual das regras precisa ser revisada com urgência para evitar que a tecnologia, em vez de corrigir erros, amplifique polêmicas.

Foto: Divulgação/ Flamengo

Cotoveladas: do queixo pra baixo tá liberado?

O que fica, no final, é a sensação de que, no Brasil, os critérios de arbitragem são tão maleáveis quanto uma escala de humor. A cotovelada de Gabigol e a de De La Cruz deveriam ter sido tratadas da mesma forma, sem espaço para dúvidas ou interpretações. A arbitragem precisa entender que o futebol, acima de tudo, exige justiça. Do contrário, cada rodada será mais lembrada pelos erros do apito do que pela bola no pé.

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