Botafogo vendido? Textor pode perder o clube e torcida vive no escuro

Futuro do Botafogo em xeque, disputa judicial pode tirar clube da Eagle e mudar controle da SAF. Entenda a guerra bilionária nos bastidores.

Crise silenciosa nos bastidores da SAF Botafogo

Nos gramados, o Botafogo vive sua era de ouro: campeão brasileiro e dono da América, com a histórica conquista da Libertadores. Fora de campo, no entanto, o clube atravessa uma turbulência jurídica que pode mudar completamente o seu comando. A Eagle Football, holding criada por John Textor para gerir o Botafogo e outros clubes, está no centro de uma disputa internacional com investidores americanos e russos. A empresa Iconic Sports, que aportou US$ 75 milhões na operação, quer tomar o controle da Eagle alegando descumprimento contratual por parte de Textor.

Investidores pressionam: risco de mudança de comando

A briga vai além do tribunal. A Iconic afirma que tem o direito legal de assumir o controle total da Eagle e, portanto, dos clubes como o próprio glorioso após o não pagamento da recompra das ações por parte de Textor. O empresário americano, por sua vez, alega ter sido enganado e obteve uma liminar que, por ora, o mantém no comando. Mas outra gigante do mercado, a Ares Management, cobra uma dívida de US$ 500 milhões e também já tentou tirar o controle do clube das mãos de Textor. A tensão é tamanha que funcionários do Botafogo ameaçaram deixar o clube caso o americano perca o poder.

Futuro do Glorioso passa por ilhas do Caribe

Enquanto a torcida celebra os títulos e sonha alto com reforços como Taremi e Danilo, o Glorioso pode estar prestes a trocar de dono. Textor já prepara uma nova estrutura para o glorioso fora da Eagle, com sede nas Ilhas Cayman, para proteger o clube das disputas judiciais. Mas a operação exige um complexo “encontro de contas”, já que a dívida do grupo é bilionária. O que parece certo é que, mais do que nunca, o futuro do Botafogo está longe de depender apenas do que acontece dentro de campo.