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Bahia x Botafogo reacende rivalidade SAF em reencontro explosivo: “Dinheiro do petróleo”

Gegore. Bahia x Botafogo pelo Campeonato Brasileiro no Estadio Arena Fonte Nova. 25 de Agosto de 2024, Salvador, BA, Brasil. Foto: Vitor Silva/Botafogo.
Gegore. Bahia x Botafogo pelo Campeonato Brasileiro no Estadio Arena Fonte Nova. 25 de Agosto de 2024, Salvador, BA, Brasil. Foto: Vitor Silva/Botafogo.

Bahia e Botafogo se enfrentam neste sábado (4), pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro, em um duelo que ultrapassa os 90 minutos e se carrega de tensão, dinheiro, egos e história recente. O confronto marca o encontro de dois dos primeiros clubes brasileiros a aderirem ao modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), com investimentos milionários que moldaram realidades completamente distintas — e rivalidades igualmente acentuadas.

Foto: Vitor Silva/BFR

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Ambos os clubes injetaram cifras bem altas para montar elencos competitivos em 2025. O Glorioso de John Textor, atual campeão da Libertadores e do Brasileirão, gastou R$ 384 milhões em reforços neste ano.

Botafogo x Bahia_Vitor Silva1
Vitor Silva / BFR

Já o Bahia, sob a batuta do poderoso Grupo City, investiu R$ 113 milhões em contratações mais pontuais, com a promessa de estabilidade e gestão técnica apurada. A diferença de estilo, no entanto, vai além da planilha: enquanto Textor se tornou uma figura midiática e polêmica, Ferran Soriano e Raul Aguirre preferem os bastidores silenciosos da diretoria.

Cauly em ação pelo Bahia. Foto: Divulgação.
Cauly em ação. Foto: Divulgação.

Rivalidade alimentada fora de campo

A temperatura entre os clubes subiu de vez quando, em 2024, John Textor afirmou que o Bahia, com apoio do “dinheiro do petróleo” — uma referência ao City Group —, “vai ganhar tudo por 20 anos” se não houver controle financeiro no futebol brasileiro. A fala não caiu bem nem entre tricolores nem em parte da mídia, e desde então os embates entre as equipes ganharam ares de rivalidade moderna. E nos gramados, em 2024, o Bahia levou vantagem: duas vitórias e dois empates em quatro jogos.

Reencontro com passado turbulento

O jogo de sábado também marca o reencontro de Renato Paiva com o Bahia, clube que comandou até meados de 2023. Sob sua gestão, o tricolor baiano flertou com o rebaixamento, o que o tornou alvo de protestos da torcida — especialmente na Fonte Nova. Paiva pediu demissão alegando desgaste e, agora, retorna ao palco das críticas como técnico do Botafogo, determinado a vencer seu ex-clube. “Se eu pudesse nunca jogaria contra minha história, mas hoje represento o Botafogo com orgulho”, disse o português.

SAFs em choque e olhares do Brasil

A partida, com potencial de mudar os rumos das duas campanhas no Brasileirão, representa também um embate entre modelos de SAF e filosofias de gestão. De um lado, o Bahia tenta provar que sua evolução silenciosa pode superar o barulho do rival. Do outro, o Botafogo quer reafirmar sua hegemonia recente e responder à sequência de dúvidas que pairou sobre o time no início da temporada.

Textor é o dono do Glorioso. Foto: Vitor Silva
Textor é o dono do Glorioso. Foto: Vitor Silva

Com rivalidade nos bastidores, polêmicas no passado recente e ambições gigantes, Bahia x Botafogo já é um dos duelos mais simbólicos desta edição do Brasileirão. E neste sábado, na Fonte Nova, o apito inicial vai valer mais do que três pontos: vale prestígio, projeto e narrativa.