A grave lesão de Calleri, atacante do São Paulo, durante o empate com o Botafogo por 2 a 2, nesta quarta-feira (16/4), reacendeu o debate sobre o uso de gramado sintético no futebol brasileiro. O jogador sofreu ruptura no ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho esquerdo, precisará passar por cirurgia e deve ficar fora dos gramados por até nove meses.

Durante o programa Redação SporTV, o comentarista e ex-Titãs Charles Gavin apontou diretamente para o piso do Estádio Nilton Santos como possível responsável.
— A contusão do Calleri acontece no Nilton Santos, com gramado sintético. Ele prende o pé de apoio sozinho, o que é estranho. Em gramado natural, a grama cede, mas no sintético ela está presa. Isso precisa ser debatido — afirmou Gavin.

O jornalista Tim Vickery foi além e relacionou o uso do gramado sintético a uma lógica de modelo de negócios das arenas brasileiras:
— Gramado sintético faz parte de um modelo que prioriza eventos, shows. Na Europa, o futebol é prioridade, e há estádios com gramados retráteis. Aqui, o custo para isso é muito alto, então opta-se pelo sintético. Mas os jogadores que vêm de fora reclamam. O futebol brasileiro precisa decidir o que quer — avaliou.

O Botafogo, que desde 2020 joga em gramado artificial, tem defendido o uso pela durabilidade e facilidade de manutenção, especialmente em um estádio multiuso como o Nilton Santos.
A diretoria do clube ainda não se pronunciou sobre o caso específico de Calleri.
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