A passagem de Renato Paiva pelo Botafogo ainda está em seus primeiros capítulos, mas os números após cinco jogos mostram um cenário que exige ajustes imediatos. Com duas vitórias, um empate e duas derrotas, o técnico português acumula 46,7% de aproveitamento e tenta encontrar o equilíbrio entre proposta de jogo e desempenho em campo.

Um dos dados que mais chamam a atenção é a posse de bola: o Glorioso tem média de 58,8%, dominando a maioria das partidas em termos de controle territorial.
No entanto, o volume de posse não tem se traduzido em gols: foram 66 finalizações em cinco jogos, mas apenas 4 gols marcados, o que significa uma média de 16,5 chutes para balançar as redes.

Defensivamente, o time tem se mostrado seguro. Foram apenas 2 gols sofridos, um número positivo que indica solidez do sistema defensivo. Ainda assim, o Botafogo cedeu 7 grandes chances aos adversários, enquanto criou apenas 6 — um empate técnico que aponta para um ataque pouco eficiente e uma defesa que, apesar de firme, ainda sofre pressão.

Outro dado preocupante é a comparação entre o número de finalizações realizadas e sofridas. O time carioca finalizou 66 vezes, contra 51 chutes contra sua meta, o que mostra um volume ofensivo maior, mas não necessariamente mais perigoso. Prova disso é que o Botafogo precisa de 16,5 finalizações para marcar, enquanto os rivais precisam de 25,5 para furar a defesa alvinegra — um contraste que evidencia problemas na tomada de decisão e na qualidade das finalizações.
O próximo desafio de Paiva será ajustar o setor ofensivo para tornar o Botafogo mais agressivo e efetivo, sem perder a consistência defensiva. Com o Campeonato Brasileiro em andamento e a Libertadores no radar, o tempo para evolução é curto — e os números mostram que a margem para erros também.
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