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“Péssimo negócio”: Dono do Cruzeiro critica SAF enquanto Botafogo vira referência; entenda

Textor. Foto: Vitor Silva / BFR
Textor. Foto: Vitor Silva / BFR

O empresário Pedro Lourenço, atual dono da SAF do Cruzeiro, escancarou em entrevista ao jornal O Tempo os problemas enfrentados na administração do clube mineiro em 2024. Ao admitir erros graves nas contratações e criticar o futebol como negócio, Lourenço destacou a dificuldade de adaptação ao modelo, ao mesmo tempo em que clubes como o Botafogo colhem resultados expressivos com a profissionalização.

Pedro Lourenco SAF Cruzeiro x botafogo
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

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“A realidade mostra para todos: nós erramos muito nas contratações. Erramos bastante”, reconheceu Lourenço, que isentou nomes, mas atribuiu as falhas ao departamento comandado por Alexandre Mattos. Ele também foi direto sobre a gestão do futebol como negócio:

“É um péssimo negócio. Eu não estou acostumado com os salários que ganham os jogadores.”

A fala escancara o contraste com a filosofia implantada no Botafogo desde que John Textor assumiu a SAF alvinegra.

Textor é o dono da SAF do Botafogo. Foto: Getty Images
Textor. Foto: Getty Images

Sob o comando do executivo norte-americano, o clube carioca reformulou seu planejamento esportivo, estabeleceu um modelo de negócio baseado em scouting, análise de desempenho e valorização de ativos. O resultado: títulos de expressão como a Libertadores e o Campeonato Brasileiro, além de uma vaga no Super Mundial de Clubes.

Textor também tem cometido erros — como em 2023, quando o clube perdeu a liderança do Brasileirão —, mas a resposta do Glorioso veio com reforços pontuais, crescimento nas categorias de base e fortalecimento da imagem internacional do clube. Por outro lado, a chegada de jogadores como Thiago Almada, Luiz Henrique e a consolidação de nomes como Igor Jesus e Savarino demonstraram a evolução do projeto.

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Foto: Vitor Silva/BFR

Enquanto isso, o Cruzeiro ainda busca estabilidade. Apesar da força da marca e da paixão da torcida, o clube tropeça em decisões mal calculadas e na ausência de um planejamento de longo prazo. A declaração de Pedro Lourenço, ao afirmar que não sabe se o futebol será um bom negócio nem daqui a cinco anos, revela uma postura reativa — bem diferente da agressiva e ousada estratégia adotada pela Eagle Football, grupo de Textor.

O futuro das SAFs no Brasil ainda está em construção. Porém, a comparação entre Cruzeiro e Botafogo mostra que, mais do que aporte financeiro, o sucesso passa por visão estratégica, controle emocional, equipe capacitada e paciência para colher os frutos.