Renato Paiva continua moldando o novo Botafogo e, após a vitória por 3 a 1 no amistoso contra o Novorizontino, fez uma análise sincera sobre os desafios enfrentados no Estádio Nilton Santos. Apesar do resultado positivo, o treinador destacou a dificuldade de criar jogadas contra um adversário que adotou o esquema com três zagueiros e duas linhas compactas — o famoso 5-4-1.
“Na parte da criação, não é fácil jogar contra uma linha de cinco. Nunca foi e nunca será. Ainda por cima, uma linha de cinco que caça muito os teus jogadores que jogam entre linhas. E o jogo posicional é muito disto: diferentes alturas e jogo entre linhas. E tu estás sempre caçado”, explicou Paiva, que ressaltou o processo de adaptação do elenco ao longo da partida.
Segundo ele, mesmo diante da dificuldade inicial, o time começou a entender melhor os espaços que surgem quando há forte marcação individual.

“Quando tu estás caçado, há espaços por outro lado. E essa percepção também eles foram tendo ao longo do jogo. Acho que a equipe foi melhorando com o tempo, com as correções que fizemos”, pontuou o treinador.
Pressão alta agrada treinador
Se houve dificuldade na criação, Paiva se mostrou satisfeito com o comportamento da equipe sem a bola. O técnico destacou o desempenho da pressão alta e a reação imediata após perder a posse como os pontos mais positivos do Botafogo no jogo.
“Na pressão alta e na reação à perda, acho que é a parte melhor do jogo. Enquanto a equipe fisicamente esteve bem, foi o melhor aspecto da exibição. A compactação das linhas, o bloco junto, ganhamos muitas bolas. Inclusive fizemos gols assim, recuperando a bola mais à frente”, comemorou.

O treinador lembra que esse tipo de pressão já havia dado frutos no jogo-treino contra o Cruzeiro, e pretende fazer dessa postura uma marca registrada do Botafogo em 2025.
“Isto é um bocadinho daquilo que nós queremos”, concluiu Paiva.
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