O Botafogo e o Palmeiras protagonizaram mais um capítulo de rivalidade nos bastidores do futebol brasileiro. A negociação entre os clubes pelo atacante Júnior Santos, iniciada em janeiro de 2024, não avançou e ainda gerou um desabafo público de Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, e John Textor, dono da SAF alvinegra.
O episódio evidencia a relação distante entre as diretorias e reforça o histórico recente de dificuldades do Palmeiras em negociar com outros clubes da Série A. Algo que incomoda Abel e fez com que ele abordasse o tema em entrevista coletiva após a vitória por 3 a 0 sobre o São Bernardo, no último sábado (1º), pelas quartas do Paulistão.
O interesse do Palmeiras em Júnior Santos surgiu durante a janela de transferências de 2024. No entanto, as conversas entre os clubes não evoluíram, e a postura da diretoria alviverde não foi bem recebida no Botafogo. Em meio ao imbróglio, John Textor não deixou barato e provocou publicamente o clube paulista.
“O Palmeiras deveria tentar comprar em outro lugar. Os jogadores do Botafogo preferem 11 contra 11”, escreveu o empresário em suas redes sociais.

A declaração de Textor foi uma clara referência às reclamações da arbitragem no polêmico jogo entre as equipes pelo Brasileirão de 2023, quando o Botafogo sofreu uma virada histórica no Estádio Nilton Santos, em um jogo marcado por decisões contestadas pelo norte-americano.
Tensão nas diretorias impediu nova investida
Mesmo após o fracasso na primeira tentativa, o Palmeiras cogitou fazer uma nova investida por Júnior Santos no início de 2025. No entanto, a relação desgastada entre os clubes impediu qualquer avanço nas negociações.

O atacante, que havia se destacado no Botafogo, acabou sendo negociado com o Atlético-MG, que fechou sua contratação por US$ 8 milhões (R$ 48,25 milhões) no final de janeiro.
Histórico de dificuldades do Palmeiras com rivais brasileiros
A situação com o Botafogo não foi um caso isolado. O Palmeiras enfrentou problemas em negociações com outros clubes brasileiros recentemente, como Internacional, Athletico-PR e Vasco, seja por dificuldades em acordos financeiros ou pela postura das diretorias.
O técnico Abel Ferreira chegou a expressar sua insatisfação com a falta de parceria entre os clubes brasileiros em negociações, comparando a situação com as relações mais profissionais que o Palmeiras mantém com times europeus.

“Ao contrário do que fazem alguns clubes brasileiros, que nos devem dinheiro e não conseguimos negociar com eles. É uma pena não criarmos uma parceria para que todos consigam pagar suas dívidas”, lamentou Abel.
A disputa nos bastidores evidencia que, além da rivalidade dentro de campo, o Botafogo e o Palmeiras também travam embates no mercado da bola…
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