“Não vai ser diferente…”: Sob pressão no Botafogo, Textor manda recado

John Textor insiste que tudo está sob controle no Botafogo, mas os números de 2025 contam uma história bem diferente. Com apenas 4 vitórias em 13 jogos, um pífio aproveitamento de 33,3%, eliminação precoce no Campeonato Carioca, vice na Supercopa do Brasil e uma desvantagem de 2 a 0 na Recopa Sul-Americana, o time se encontra à deriva. E, até agora, o dono da SAF não apresentou soluções concretas para reverter essa crise.

O maior exemplo da desorganização é a falta de um treinador. Textor teve mais de 40 dias para buscar um substituto para Artur Jorge, negociou com vários nomes e fracassou em todas as tentativas. Agora, o Botafogo segue sob o comando interino de Cláudio Caçapa, sem padrão tático e sem evolução.

Se Textor realmente quer convencer torcedores e analistas de que há um planejamento sólido, precisa apresentar um técnico de peso ainda nesta semana.

Caso contrário, a temporada, que já começou desastrosa, pode afundar ainda mais. A estratégia de desprezar o Carioca para priorizar competições maiores funcionou em 2023 e 2024, quando o time teve tempo para se organizar e brigar pelo Brasileirão e pela Libertadores.

Por outro lado, em 2025 a realidade é diferente: o elenco parece desmotivado, a falta de reforços pesa e o time não evolui. A derrota por 1 a 0 para o Vasco, no último domingo, apenas reforçou essa sensação de um Glorioso sem identidade e sem comando.

Se a Recopa contra o Racing for mais um fracasso e o clube seguir sem técnico, Textor não poderá mais justificar essa espera como parte de um “plano”. O torcedor do Botafogo quer ação, e não discursos vazios. Esta é a semana para o dono da SAF mostrar que sabe o que está fazendo – ou admitir que está conduzindo o time para mais um ano de frustrações.

“Diz para eles que vou estar com eles na quinta e durante o fim de semana. Não vai ser diferente do ano passado. Vamos estar preparados para a temporada, com um técnico muito qualificado. Começamos a temporada como campeões”, disse John Textor, para Ricardo Azambuja.