O atacante Luiz Henrique, conhecido como o “Pantera Negra Alvinegro”, vive uma fase excepcional no Botafogo, clube onde encontrou não apenas sucesso em campo, mas também uma plataforma para levantar bandeiras importantes, como a luta contra o racismo e a valorização da herança africana.
Em uma entrevista ao “Esporte Espetacular” neste domingo, o jogador compartilhou reflexões sobre sua carreira, desafios e o impacto da sua trajetória como um jovem negro no esporte. Isso acontece no mesmo dia em que o tema da redação do ENEM 2024 é Desafios para a valorização da herança africana no Brasil, encontrando eco na figura de Luiz Henrique, que, através de sua performance e postura, inspira a valorização dessa herança cultural.
Na conversa Luiz Henrique destacou a importância de seu gol no Maracanã contra o Flamengo, marcado por sua comemoração inspirada no Pantera Negra. Ele vê essa celebração como uma manifestação de orgulho racial e uma resposta à luta diária contra o racismo, usando o futebol como meio de representatividade.
“Quis fazer essa comemoração, quis trazer pra mim também, porque sou um jovem negro. É uma luta contra o racismo que a gente enfrenta diariamente”, afirmou.
Botafogo e herança africana
O gesto não apenas celebra suas raízes, mas também conecta com o debate sobre a valorização da herança africana, como trazido pelo ENEM, refletindo o papel de figuras como ele na construção de uma identidade que resgata e enaltece as influências afro-brasileiras.
A relação entre Luiz Henrique e sua cultura vai além de suas ações em campo. A amizade com Igor Jesus, a inspiração de colegas na Seleção Brasileira e o apoio que recebe dos companheiros de equipe mostram como ele construiu uma rede de apoio que o impulsiona a buscar títulos no Campeonato Brasileiro e na Libertadores.
Luiz Henrique é uma inspiração para muitas crianças e jovens, e, ao unir sua imagem com o super-herói Pantera Negra, mais ainda. Afinal, o Pantera Negra foi criado em 1966 por Stan Lee e Jack Kirby na Marvel Comics, surgindo como o primeiro super-herói negro da editora e como símbolo de representatividade e força em uma época marcada pela luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. O personagem, T’Challa, é o rei e protetor de Wakanda, uma nação africana avançada e rica em vibranium, e destaca-se por sua inteligência, liderança e habilidades em combate.
Inclusive, o nome “Pantera Negra” foi inspirado pelo movimento dos Panteras Negras, que lutava contra a opressão racial nos EUA. Sua estreia no Universo Cinematográfico da Marvel em 2018, com o ator Chadwick Boseman, consolidou o herói como um símbolo cultural e um ícone de resistência e celebração da cultura africana.
Além disso, o futebolista Luis Henrique exalta a importância de cuidar do próprio corpo e de manter uma vida pessoal equilibrada, o que contribui para sua alta performance. A alegria que sente ao jogar é visível e contagiante, entre dribles e golaços. Ele faz parte do Quarteto Fantástico alvinegro, o qual vem dando show de futebol.
A torcida botafoguense ama apoiar o Pantera Negra Luiz Henrique, que carrega a história e a força da ancestralidade africana. Assim, Luiz representa uma nova geração de atletas que, além de seu talento, têm consciência de seu papel social. Ele promove o reconhecimento das origens africanas e o orgulho de sua identidade, inspirando jovens negros e mostrando que a herança africana faz parte integral da identidade brasileira. Ao celebrar suas conquistas, o Botafogo e seus torcedores também celebram uma história de resistência e cultura, provando que o futebol é um espaço de inclusão e valorização da diversidade.
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